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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O REIZINHO MANDÃO´- RUTH ROCHA


O REIZINHO MANDÃO

Era uma vez um rei muito popular e justo para o seu povo, um dia o rei morreu e assumiu o trono seu filho um menino muito chato e mandão.
Ele queria mandar em todas as coisas do seu reino, fez leis absurdas como dormir de gorro na primeira quarta-feira do mês e outras tantas tolices.
O tempo todo ele mandava todo mundo calar a boca, até de seus conselheiros.
O povo ficou com tanto medo dele que ninguém mais no reino sabia falar.
Quando todas as pessoas pararam de falar, ele ficou entediado. Então resolveu ir ao reino vizinho procurar um sábio para fazer seu povo voltar a falar.
Esse sábio explicou que, para o seu reino voltar a falar era preciso achar uma criança que soubesse falar, e essa criança quebraria a maldição.
E então o Reizinho Mandão saiu em busca da criança, e acabou por encontra-lá. E ela falou:
"-- Cala a boca já morreu! Quem manda aqui sou eu!".
Nesse instante o reino voltou ao normal com todos falando e alegres.
O Reizinho, dizem, foi embora na forma de sapo, esperando que uma princesa o encontre, e o transforme em um príncipe.

O reizinho mandão
Originalmente publicado no Shvoong:
http://pt.shvoong.com/books/childrens-literature/505425-reizinho-mand%C3%A3o/

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O PEQUENO PRÍNCIPE



O Pequeno Príncipe

(Antoine de Saint-Exupery)

Esta é a estória de um príncipe que vivia em um pequeno planeta. O narrador anônimo encontra o pequeno príncipe quando seu avião cai no Deserto do Saara. O narrador se empenha em consertar seu avião, quando ele ouve uma pequena voz lhe pedindo para desenhar uma ovelha. O narrador se volta e vê o pequeno príncipe.

O narrador descobriu que o príncipe veio de um planeta tão pequeno que ele podia observar o pôr do sol a qualquer momento que quisesse, tendo apenas que se virar. A razão por que ele queria a ovelha era porque as ovelhas comem pequenas plantas. Ele queria que a ovelha comesse os baobás que eram um grande problema em seu planeta. O narrador diz que os baobás são árvores grandes, mas o príncipe explica que elas começaram pequenas. Contudo, o príncipe ficou preocupado, porque ovelhas também comem flores, e o príncipe tinha uma flor muito especial em seu planeta, uma que ele muito amava. A flor, apesar de bela e cheirosa, era boba e exigente. Mesmo que ingenuamente não tivesse medo de tigres, crendo que seus espinhos a protegeriam, ela exigia que o príncipe construísse uma tela para protegê-la do calor. Ela lhe disse para colocá-la debaixo de uma esfera de vidro à noite para protegê-la do frio. Apesar de o príncipe amá-la, ele se cansou de ouvir suas palavras e suas exigências, por isso ele deixou o planeta.

Antes de chegar à terra, o príncipe visitou muitos planetas. Um rei vivia no primeiro planeta que ele visitou. O rei ficou feliz em ter um súdito. O rei exigiu obediência. Ele tentou fazer o príncipe ficar, mas o príncipe partiu, pensando em como as pessoas adultas são estranhas.

Um homem presunçoso ocupava o segundo planeta. O homem presunçoso queria que o príncipe o aplaudisse e o saudasse. O príncipe se cansou disso, e quando partiu, estava mais convencido do que nunca de que os adultos eram muito estranhos.

Um bêbado ocupava o terceiro planeta. O príncipe perguntou por que ele bebia. O bêbado respondeu que ele bebia para se esquecer de se sentia envergonhado por beber. O quarto planeta era ocupado por um homem de negócios que não fazia outra coisa senão contar estrelas, dizendo que eram todas dele. O príncipe pensou que esses homens eram tão estranhos quanto os outros. O quinto planeta era o menor, e era ocupado apenas por um acendedor de lampiões, cujo trabalho era acender a lâmpada solitária da rua. Contudo, o acendedor estava exausto, dizendo que seu trabalho já tinha sido muito melhor. Ele acendia a luz da rua à noite e a apagava pela manhã, dando-lhe o resto do dia para descansar, e ele podia dormir à noite. Contudo, o planeta começou a girar mais e mais rápido. O dia durava apenas um minuto, por isso ele tinha que constantemente acender e apagar a lâmpada. O príncipe sentiu muito ter que deixar este planeta, pois os dias curtos significavam que ele tinha muitos pôr do sol.

O sexto planeta era maior e ocupado por um geógrafo. Mas ele era incapaz de contar ao pequeno príncipe qualquer coisa sobre o seu planeta, porque não era um explorador. Ao invés disso, ele pediu ao príncipe que lhe falasse sobre o seu país. O príncipe disse que ele não era muito interessante, porque era pequeno. O geógrafo aconselhou o pequeno príncipe a visitar a terra.

Quando o príncipe visitou a terra, ele não viu ninguém a princípio. Ele continuou andando e por acaso encontrou um jardim de rosas. Ele ficou muito triste ao perceber que sua flor, que ele achava ser completamente única, era apenas uma rosa comum como aquelas no jardim. Então ele encontrou a raposa. Ele pediu à raposa para brincar com ele, mas a raposa disse que não podia, pois a raposa não era mansa, o que o príncipe não entendeu. A raposa explicou o que ela queria dizer, e disse ao príncipe que se ele quisesse um amigo, teria que cativá-lo. Então eles criariam um vínculo, e seriam únicos um para o outro. O príncipe percebeu que sua rosa tinha lhe cativado. Ele voltou todos os dias para ver a raposa, sentando mais perto cada dia, até que a raposa foi cativadaa e eles ficaram amigos. Quando o príncipe foi embora, a raposa lhe disse que ele era responsável por sua rosa, porque ele a tinha cativado.

O príncipe descobriu que ele precisava voltar para casa para cuidar de sua rosa. O narrador ficou muito triste, mas o príncipe disse que eles sempre seriam amigos e que toda vez que o narrador olhasse para as estrelas, ele pensaria no príncipe.

Em suas viagens, o príncipe aprende o que significa amar alguém. Ele descobre o tanto que sua rosa é importante para ele, mesmo que às vezes ela seja difícil. As pessoas que vivem sozinhas nos planetas que o príncipe visita parecem ser uma metáfora da solidão e isolamento entre os adultos. O rei, o homem presunçoso e os outros ficam presos em uma maneira de olhar para si mesmos e interagir com as poucas pessoas que eles encontram, e são incapazes de genuinamente se comunicar. Eles não guardaram nada da mente aberta que podem ter tido quando crianças. O príncipe sai de toda a experiência crendo que vale a pena amar alguém, mesmo que isto algumas vezes traga tristeza.

MARCELO, MARMELO, MARTELO

Este livro é uma das obras-primas da literatura infanto-juvenil. A autora inova a maneira tradicional de contar histórias, mostrando situações reais do cotidiano. Os personagens dos três contos que compõem este livro são crianças que vivem no espaço urbano. Elas resolvem seus impasses com muita esperteza e vivacidade; Marcelo cria palavras novas, Teresinha e Gabriela descobrem a identidade na diferença e Carlos Alberto compreende a importância da amizade.

Ruth Rocha - Ed. Salamandra

domingo, 29 de agosto de 2010

MEU PÉ DE LARANJA LIMA JOSÉ MAURO VASCONCELLOS

Um garoto chamado Zezé, tinha 6 anos (ou 5 mas gostava de dizer que ele tinha seis).


Ele vivia em uma casa de tamanho médio, seu pai se chamava Paulo, e estava desempregado, sua mãe, que por causa de seu marido desempregado trabalhava até tarde numa fábrica, e mais três irmãos: Totoca, Jandira e Glória.

Por causa do desemprego de seu pai, eles foram obrigados a mudar para uma casa menor, onde o garoto conheceu Minguinho seu pé de laranja lima, que fica sendo seu melhor e único amigo.

Como o moleque sempre foi muito arteiro, recebeu muitas palmadas e era surrado constantemente, apesar de que as vezes não tinha culpa do que acontecia.

O garoto tinha cinco anos, aprendeu a ler e por isso foi a escola mais cedo. Lá ele era um garoto muito comportado e gostava muito da professora Célia Paím, ao qual, levava flores todos os dias, e apesar de contarem a ela o diabinho que ele era, ela não acreditava.

Um dia o garoto foi pegar uma carona do lado de fora do carro, mas o carro era de um português chamado Manuel Valandarez, que tinha o carro mais bonito da cidade. O português viu isto e lhe deu uma surra que o garoto jurou se vingar.

Mas o tempo foi passando e o garoto ia se esquecendo. E num dia ele pisou num caco de vidro que abriu um corte, mas mesmo assim o garoto ficou decidido de ir para a escola.

Enquanto atravessava uma rua o português viu o garoto e pediu para ver o corte.

Vendo aquele corte enorme ele levou o garoto de carro até o hospital, e fizeram muitos ponto nele.

Desde então eles ficaram muito amigos e o português foi lhe tratando como um filho, sempre muito carinhoso.

Foram até pescar algumas vezes e passavam a tarde toda juntos. Outras vezes iam tomar sorvete e fazer outras coisas. Outra vez o português deixou o menino andar de carona em seu carro, o português o convenceu até de não falar mais palavrões.

Eles eram muito amigos até que ele recebeu a notícia que o carro do português foi esmagado por um trem, o português não resistiu e morreu.

O garoto entrou numa depressão profunda, e como a família desconhecia a sua amizade com o português, eles acharam que foi a notícia que seu pé de laranja lima seria cortado.

O garoto permaneceu dias comendo pouco, sem falar, deitado em sua cama e querendo morrer. Mas com as palavras de Glória, sua irmã preferida, ele conseguiu retornar a sua vida normal.



DESAFIO

Escolha um número dentre estes: 6, 7, 8 ou 9. Siga as instruções:

Some o número que você escolheu com 385.

 Multiplique o resultado por 5.

 Do produto que você obteve, tire 1 925.

 Divida o resultado pelo número que você escolheu no começo.

Depois de tudo isso, o resultado final de seus cálculos foi 5? Se não foi, você errou. É uma pena, mas você tem que corrigir.

PRIMAVERA MITOLOGIA GREGA

(história da mitologia grega)

Diziam os antigos gregos que, no início dos tempos, não existiam as estações do ano. Na Terra só havia a primavera, com suas flores, beleza e suavidade. Nessa época andava pelo mundo uma jovem belíssima chamada  Perséfone. Era filha de Deméter, a deusa do casamento e das colheitas. Um dia, Pérsefone apanhava flores e cantava feliz quando foi vista pelo deus do mundo subterrâneo, o terrível Hades. Ele se apaixonou perdidamente pela jovem e a raptou, levando-a para seu mundo de escuridão.

Deméter, a mãe, ficou desesperada. Não se conformava com a perda da única filha. Como ela era deusa das colheitas, sua tristeza e saudade fizeram os frutos das árvores secar e as flores murchar. Famintos, os homens pediram a Zeus, o deus de todo o universo, que resolvesse aquela situação.

Zeus chamou seu filho Hermes, o mensageiro dos deuses, e lhe fez um pedido:

— Hermes, quero que me ajude. Deméter exige que Perséfone retorne.

Diz que se ela não voltar, todas as árvores do mundo morrerão. Mas Hades já se casou com ela. O que podemos fazer?

Hermes, o mais esperto dos deuses, desceu até o mundo subterrâneo de Hades, a terra secreta da noite e dos mistérios. La encontrou Perséfone ao lado do marido.

— Meu pai ordena que Perséfone volte para sua mãe, Hades. Você agiu incorretamente.

— Por quê? — perguntou o deus da noite. — Eu estava apaixonado. não conseguia viver sem Perséfone e, com o tempo, ela também aprendeu a me amar! Somos felizes agora.

— Não se pode raptar uma jovem dessa forma. Deméter sofre pela falta da filha e você terá que me obedecer.

— É impossível devolvê-la à Terra — disse Hades. — Como você sabe, os que entram no mundo das trevas não podem comer nada aqui. Ora, Perséfone já se alimentou conosco. Agora pertence ao meu mundo. Será minha eterna amada.

— Hades — insistiu Hermes —, se ela não regressar, desaparecerão as árvores e os homens morrerão. Isso não pode acontecer. Portanto, faço-lhe uma proposta. Perséfone ficará na Terra ao lado de sua mãe
durante oito meses por ano. Os quatro meses restantes, passará ao seu lado, no mundo da noite.

Hades concordou. E foi assim que surgiram as estações. Quando Perséfone está na Terra, temos a primavera e o verão. Durante o outono, Perséfone se prepara para descer ao Hades, e por isso o clima se torna frio e as árvores derrubam folhas de tristeza. Durante a ausência de Perséfone. ficamos no inverno. Não há sol, flores nem frutos. Mas, quando ela retorna, vem a primavera, e vemos a alegria de Deméter espalhar-se por toda a natureza, enchendo nosso coração de esperança e nossos olhos de beleza.

(Heloísa Prieto. Lá vem história outra vez. São Paulo,

Companhia das Letrinhas. 1997. p. 22-3.)